quarta-feira, 19 de maio de 2010

Bem Vindo


Esse blog trata de assuntos relacionados a Contabilidade de Custos. São postados notícias, pesquisas, etc. Também serão postados notícias gerais interessantes. Atualizado, sempre que possível, diariamente.



A importância da Análise de Balanço

A necessidade de analisar os relatórios contábeis torna-se tão antiga quanto a própria origem dos mesmos. Desde os tempos antigos os relatórios contábeis resumiam-se à realização de inventários, quais eram analisados em suas variações quantitativas e qualitativas, e também realizados algum tipo de análise vertical e horizontal.

O homem primitivo a partir das informações contábeis já aplicava noções, embora rudimentares de análise de informações contábeis.

Com a importância da moderna análise de balanço, os banqueiros foram responsáveis, em boa parte, pela vulgarização de análise de balanço através de quocientes.

Desde o final do século passado é prática relativamente comum o banqueiro analisar o relacionamento entre os valores a receber e os valores a pagar de cada empreendimento a fim de determinar com mais base o risco envolvido em conceder empréstimo à entidade.

Certamente com o surgimento dos bancos governamentais de desenvolvimento, regionais ou nacionais, em vários países, deu grande desenvolvimento à análise de balanços, pois tais entidades normalmente exigem, como parte de projeto de financiamento, uma completa análise econômico-financeiro.

Para entendermos a evolução da análise de balanço torna-se necessário entender a sua evolução histórica.

A análise de balanço teve sua origem a partir do sistema bancário. Em 09 de fevereiro de 1895 o Conselho Executivo da Associação dos Bancos de Nova York resolveu recomendar aos seus membros que solicitassem aos tomadores de empréstimos declarações escritas e assinadas de seus passivos e ativos, sendo que em 1900 essa mesma associação divulgou um formulário de proposta de crédito que incluía espaço para o balanço (Dados superficiais).

Em 1915 a análise de balanço tornou-se praticamente obrigatória nos Estados Unidos.

Em 1919 foi apresentado por Alexander Wall, considerado o pai da Análise de Balanço, um modelo de análise de balanço através de índices onde demonstrou a necessidade de considerar outras relações, além do Ativo Circulante contra o Passivo Circulante.

Em 1925 Stephem Gilman propôs índices encadeados na análise de balanço e a variação de itens em relação ao ano-base, iniciando-se a análise horizontal.

Em 1968 a análise de balanço era um instrumento ainda pouco utilizado,assim como no Brasil, sendo criado neste mesmo ano a SERASA, empresa que passou a operar como central de Análise de Balanço de bancos comerciais.

A análise de balanço tem por objetivo extrair informações das Demonstrações Financeiras para a tomada de decisão.

As demonstrações financeiras fornecem uma base de dados de acordo com as regras contábeis que podem nortear o analista de balanço quanto à melhor forma de dirigir um empreendimento.

A importância da moderna análise de balanço é notada desde a segunda metade do século passado.

O analista de balanço preocupa-se com as demonstrações financeiras que, por sua vez, precisam ser transformadas em informações que permitam concluir se a empresa merece ou não crédito, se vem sendo bem ou mal administrada, se tem ou não condições de pagar suas dívidas, se é ou não lucrativa, se vem evoluindo ou regredindo, se é eficiente ou ineficiente, se irá falir ou se continuará funcionando.

Com o desenvolvimento e o aprimoramento da Análise de Balanços, e sua mais freqüente utilização nos tempos atuais, foram desenvolvidos inúmeros índices padrões.

Abaixo são citadas as principais técnicas de análise de balanço:

→ Análise através de Índices - Comparação com índice-padrão, objetivando o seu desempenho.

→ Análise Vertical e Horizontal – Presta-se fundamentalmente ao estudo de tendências.

→ Análise do Capital de Giro – índices de rotação (recebimento, pagamento e estocagem) modelo de análise de investimento e financiamento do capital de giro (insolvência técnica).

→ Análise de Rentabilidade e Endividamento.

→ Análise Prospectiva – analisando-se o passado, se poderá inferir como será o futuro. Desenvolvimento de técnicas previsionais.

Concluindo, pode-se abstrair que para a tomada de decisão em uma empresa o elemento mais importante é a análise de suas demonstrações financeiras, que pode ser verificada através da análise de balanço que permitirá mostrar uma visão da estratégia e dos planos da empresa analisada, podendo desta forma estimar o seu futuro, suas limitações e suas potencialidades.


Referência

IUDÍCIBUS, Sérgio de . Análise de Balanços. 7ª ed., Ed.Atlas S.A, 1998.

Custos da Corrupção

De acordo com o relatório Corrupção: Custos Econômicos e Propostas de Combate, o custo com a corrupção representa entre 1,38% a 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB). (...)

O estudo também revela, citando informações da organização não governamental (ONG) Transparência Internacional, que o país conseguiu reduzir a corrupção, mas não foi suficiente para tirá-lo, em 2009, da 75ª colocação em um ranking de 180 países.

O relatório da Fiesp propõe como medidas de combate à corrupção uma reforma política que, entre outras coisas, estabeleça regras e procedimentos transparentes para o controle do financiamento de campanhas eleitorais; uma reforma do judiciário, com medidas que reduzam a percepção da impunidade e que punam mais rapidamente os casos de corrupção; uma reforma administrativa, que reduza as nomeações para cargos de confiança, o poder de barganha no jogo político e a captação de propinas nas estatais; além de reformas fiscal e tributária, que aumentem o controle sobre os gastos públicos e evitem o pagamento de propinas.


Corrupção no Brasil Custa até R$69,1 bilhões por ano – Brasil Econômico – 13 de maio de 2010.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Importância dos Sistemas de Custeio nas Empresas

A Contabilidade de Custos se originou da Contabilidade Financeira, tendo como finalidade a avaliação de estoques na indústria. Segundo Martins (2001), seus princípiosderivam desse propósito e, por este motivo, nem sempre conseguem atender com completeza suas outras duas mais recentes atribuições: controle dos custos e suporte na tomada de decisão. Esses novos campos deram horizontes mais amplos à Contabilidade de Custos.

Desse modo, nas empresas em que as informações de custos são usadas para desenvolver estratégias que visam a obtenção de vantagem competitiva e um melhor gerenciamento dos custos, exige-se um enfoque externo e interno à empresa. Esses são efeitos da globalização, que acontecem, conforme Porter (1989, p.75):

porque mudanças na tecnologia, necessidades do comprador, políticas
governamentais ou infra-estrutura do país criam diferenças importantes
na posição competitiva entre empresas de diferentes países ou tornam
mais significativas as vantagens de uma estratégia global.

Uma compreensão da estrutura de custos de uma empresa pode avançar na busca de vantagens competitivas. Koliver (1994, p.55) explicita que:

a análise de custos oferece um bom campo para reflexões, pois ela já
existe há muito tempo e sempre teve por escopo final a redução dos
custos das operações, porquanto seu nascimento está ligado à
consciência da importância do fator custo na equação do resultado da
entidade e, em última instância, a sobrevivência desta num mercado
cada vez mais concorrido.

No atual contexto empresarial, são necessárias informações de custos cada vez mais detalhadas e aprimoradas. Assim sendo, as empresas estão se dedicando à melhoria de alguns aspectos críticos, tais como: melhor desempenho de produtos e processos, maior atenção às exigências do mercado, melhor gestão estratégica e operacional de suas áreas de responsabilidade, entre outros.

Lopes de Sá (1992, p.20) afirma que “o custo está inserido em uma importante
função patrimonial e que é a da resultabilidade, e, como tal, precisa ser encarado,
objetivando-se seu caráter amplo e realístico”. Entende que o essencial é ensejar a visão
holística e concretizada do que se passa com a riqueza, quando esta tem por objetivo a
obtenção de lucro compatível com as amplas necessidades ambientais endógenas e
exógenas de uma célula social.

Em organizações onde as informações de custos são usadas para desenvolver estratégias que visam a obtenção de vantagem competitiva, gerenciar custos com eficácia exige um enfoque acerca de sua estrutura física e operacional. No entanto, talvez uma exigência maior por parte da Contabilidade de Custos, com ênfase no campo estratégico, tenha se iniciado com a crescente complexidade das indústrias e seu ambiente organizacional.

A análise das informações de custos é relevante para o processo decisório nas organizações, tanto no momento da definição do preço de venda, como na gestão dos custos e em decisões que têm como resultado o incentivo aos produtos mais rentáveis.

Num ambiente cada vez mais competitivo, as organizações são obrigadas a evoluir e apreender constantemente, além de se empenhar na busca de melhores informações para o gerenciamento de seus custos.

De acordo com Santos (1987), para que a administração alcance a maximização dos resultados, através da análise de custos como instrumento de avaliação de desempenho e de tomada de decisão, os seguintes objetivos básicos deverão ser levados em consideração: custo por produto, resultado de vendas por produto, custo fixo da infra-estrutura instalada, nível mínimo de vendas desejado, formação do preço de venda, planejamento e controle das operações.

Percebe-se que as empresas que estão preocupadas com a competitividade global já não dispensam mais a Contabilidade de Custos em seu processo decisório.

Utilizam as informações por ela geradas em todas as etapas, no planejamento, na execução e no controle das atividades da empresa.

Entre os objetivos da Contabilidade de Custos, Matz, Curry e Frank (1987) destacam que, visto que trabalha com custos, orçamentos e análise de custos, a Contabilidade de Custos pode ser descrita como elemento principal, nas atividades de controle e nas fases de planejamento e de decisões, da empresa. A Contabilidade de Custos fornece à administração registro detalhado, análise e interpretação dos gastos efetuados em conexão com a operação da empresa.

Dado a importância das informações de custos no meio empresarial, deve-se buscar o aprimoramento da Contabilidade que analisa e gerencia este tipo de informação.

A relevância dessas informações pode ser percebida em diferentes momentos, seja através da redução do enxugamento da estrutura de custos, expansão da capacidade fabril, lançamento de novos produtos ou formação do preço de venda.

Para a realização dessas análises, a empresa requer a utilização de sistemas de custeio. No que concerne aos sistemas de custeio, esses referem-se à forma de apropriação dos custos de uma determinada empresa aos seus produtos. Perez Jr., Oliveira e Costa (1999, p.30) mencionam que “o objetivo principal de qualquer sistema de custeio é determinar o custo incorrido no processo de produção de bens ou de prestação de serviços”.
Nesta perspectiva, Beuren (1993, p.61) destaca que:

a operacionalização adequada de um sistema de custeio pode encontrar
ampla aplicação nas empresas. Ressalta-se que a utilização efetiva de
um sistema de custeio não se limita apenas à sua importância na
avaliação de estoques. Ele também é um instrumento de suporte
voltado ao fornecimento de subsídios importantes à avaliação de
desempenho dos gestores, taxa de retorno nas decisões de
investimentos, decisões do tipo comprar X fabricar, formação de preço
de venda etc.


Portanto, a partir das informações de custos os gestores poderão tomar decisões necessárias na organização. Cabe ressaltar, todavia, que estas informações deverão ser diferenciadas, dependendo das características particulares de cada empresa. Em razão disso, vários sistemas de custeio foram desenvolvidos e criados no decorrer do tempo.
Neste sentido, Luz e De Rocchi (1998, p.21) citam que:

o conhecimento e a correta interpretação dos custos operacionais são
condições essenciais para o funcionamento racional de qualquer
entidade contábil, seja ela uma empresa que vise à formação de lucros,
ou uma instituição de fins ideais. Contudo, uma correta seleção dos
sistemas e critérios que deverão ser utilizados para a determinação e
análise dos custos se reveste, desde logo, de transcedental importância
para uma correta orientação dos processos gestivos.


Desse modo, os gestores deverão analisar as características específicas de cada sistema de custeio a fim de verificar aquele que mais coaduna com a estrutura física e operacional da empresa. Além disso, devem considerar aquele que mais pode contribuir na análise dos custos e dar suporte na busca de vantagens competitivas para a empresa.
Diversos são os sistemas de custeio que podem ser utilizados pelas empresas.

SISTEMAS DE CUSTEIO

As empresas podem apropriar os custos aos produtos por meio da escolha entre diversos sistemas abordados na literatura. Destacam-se entre eles: o custeio por absorção, o custeio direto ou variável, o custeio pleno ou integral, o custeio padrão, a unidade de esforço de produção, o custeio baseado em atividades.

a) Custeio por absorção

O sistema de custeio por absorção, além de ser um dos mais antigos sistemas, é o único aceito para fins fiscais. Segundo Martins (2001, p.41-42), este sistema “consiste na apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados, e só os de produção; todos os gatos relativos ao esforço de fabricação são distribuídos para todos os produtos feitos”.

Padoveze (2000) ressalta que, em uma análise histórica, percebe-se que este sistema de custeio veio a ser utilizado mais em razão dos critérios de inventários do que das necessidades gerencias das empresas.

Neste sentido, infere-se que o sistema de custeio por absorção não está preocupado em fazer distinção entre custo fixos e variáveis. Sua premissa fundamental é separar custos e despesas. Sendo que os custos são apropriados aos produtos, para, no momento da venda, serem confrontados com as receitas geradas, e as despesas são lançadas diretamente no resultado do período.

b) Custeio direto ou variável


Martins (2001, p.216) define o custeio direto ou variável como aquele em que “só são alocados aos produtos os custos variáveis, ficando os fixos separados e considerados como despesas do período, indo diretamente para o resultado, para os estoques só vão, como conseqüência, custos variáveis”.

Diferentemente do custeio por absorção, o custeio variável parte do pressuposto de que os custos fixos são difíceis de serem alocados aos produtos e, portanto, devem ir diretamente para o resultado.

Horngren, Foster e Datar (2000) mencionam que o custeio direto ou variável é um sistema no qual todos os custos variáveis são considerados custos inventariáveis. Assim, os custos fixos são excluídos dos custos inventariáveis, sendo custos do período em que ocorreram.

Portanto, este sistema só considera como custo do produto os custos variáveis utilizados no processo produtivo, sendo assim, os custos fixos são considerados como se fossem despesas do período, pois estes custos independem do volume de produção.

c) Custeio pleno ou integral

Santos (1999, p.66) descreve que o sistema de custeio pleno ou integral “caracteriza-se pela apropriação de todos os custos e despesas aos produtos fabricados.

Esses custos e despesas são custos diretos e indiretos, fixos e variáveis, decomercialização, de distribuição, de administração em geral etc”.

Este sistema foi desenvolvido na Alemanha no início do século XX, pelo instituto alemão de pesquisas aziendais, onde foi denominado Reichskuratorium fur Wirtschaftlichtkeit. No Brasil é mais conhecido pela sigla RKW, no qual são alocados todos os custos e despesas fixas e vaiáveis e custos diretos e indiretos aos produtos fabricados.

O produto do sistema de custeio pleno é o custo pleno, que corresponde, conforme Vartanian e Nascimento (1999), a um número agregado médio obtido para as unidades do objeto de custeio em questão, que inclui parcela dos materiais diretos, mãode-obra direta, custos indiretos de fabricação, despesas com vendas, distribuição, administrativas, gerais e até financeiras.

O custeio pleno ou integral é basicamente utilizado para fins de controle dos custos e análise gerencial. Sua importância está em auxiliar o gestor no controle e planejamento do total dos custos e despesas, bem como facilita a minimização dos gastos totais de uma empresa num determinado período.

d) Custeio padrão

Segundo Trevisan & Associados (1992), o objetivo principal da utilização do sistema de custeio padrão é o controle dos custos, ou seja, com base nas metas fixadas para condições normais de trabalho é possível: apurar os desvios do realizado em relação ao previsto; identificar as causas dos desvios; adotar as medidas corretivas para não-reincidência de erros ou para melhoria do desempenho.

No tocante ao custo padrão, conforme Matz, Curry e Frank (1987, p.532), “é o custo cientificamente predeterminado para a produção de uma única unidade, ou um número de unidades do produto durante um período específico no futuro imediato”.
Entendem que o custo padrão é o custo planejado de um produto, segundo condições de operação correntes e/ou previstas. Baseia-se nas condições normais ou ideais de
eficiência e volume, especialmente com respeito à despesa indireta de produção.

Leone (2000, p.286) ressalta que “o sistema de custo-padrão não tem utilidade se for implantado solidariamente. Ele só fornece informações precisas se estiver acoplado a outro sistema de custeamento com base em custos reais”.

Sendo assim, observa-se que este sistema precisa ser implantado juntamente com outro sistema de custeio, que fornece os custos reais. Assim, concomitantemente, pode-se fazer uma comparação entre os custos predeterminados (custo-padrão) e os custos incorridos.

e) Unidade de Esforço de Produção – UEP

Bornia (1995, p. 481) diz que “o sistema da unidade de esforço de produção baseia-se na unificação da produção de empresas multiprodutoras mediante definição de uma unidade de medida comum a todos os artigos da empresa”.

De acordo com Beuren e Oliveira (1996), esta metodologia está relacionada apenas aos custos de transformação da matéria-prima em produtos acabados, o custo da matéria-prima também não é incluído no processo. Assim, o sistema da unidade de esforço de produção apresenta restrições no custeamento total dos produtos, visto que ele não se aplica à mensuração das operações que não guardam relação direta com o processo produtivo.

O sistema da unidade de esforço de produção procura mensurar o custo de produção de diferentes produtos da empresa por meio de uma única unidade de medida, a UEP.

f) Custeio Baseado em Atividades – ABC


Kaplan e Cooper (1998, p.94) definem o custeio baseado em atividades (Activity Based Costing – ABC) como:

um mapa econômico das despesas e da lucratividade da organização
baseado nas atividades organizacionais. Um sistema de custeio
baseado em atividades oferece às empresas um mapa econômico de
suas operações, revelando o custo existente e projetado de atividades e
processos de negócios que, em contrapartida, esclarece o custo e a
lucratividade de cada produto, serviço, cliente e unidade operacional.

Padoveze (2000) destaca que o custeio baseado em atividades atribui primeiro os custos para as atividades, e depois aos produtos, baseado no uso das atividades, e depois das atividades de cada produto. O custeio baseado em atividades é fundamental no conceito: produtos consomem atividades, atividades consomem recursos.

O sistema de custeio baseado em atividades, segundo Martins (2001), opera com três formas de alocação dos custos: alocação direta, faz-se quando existe uma identificação clara, direta e objetiva de certos itens de custos com certas atividades; rastreamento, feito com base na identificação da relação entre a atividade e a geração dos custos; e rateio, realizado apenas quando não há a possibilidade de utilizar nem a alocação direta nem o rastreamento.

Para o rastreamento dos custos o sistema utiliza os direcionadores de custos ou cost drivers, que é a causa que determina a ocorrência de uma atividade, ele é a verdadeira causa básica dos custos. Nakagawa (1994, p.74) define cost driver como:

uma transação que determina a quantidade de trabalho (não a duração)
e, através dela, o custo de uma atividade. Definido de outra maneira,
cost driver é um evento ou fator causal que influencia o nível e o
desempenho de atividades e o consumo resultante de recursos.

Este sistema não substitui o sistema tradicional para fins de avaliação de estoques. Portanto, o custeio baseado em atividades é utilizado para fins gerenciais, como suporte ao processo de tomada de decisões.

Desse modo, identificou-se alguns dos sistemas de custeio abordados na
literatura e que são passíveis de utilização pelas empresas. Todavia, é importante
identificar sua utilização nas empresas por meio de pesquisa empírica. Considerando-se
que este é o foco do artigo, apresenta-se a metodologia da pesquisa aplicada para a
execução do estudo.


Referências

http://www.intercostos.org/documentos/110.pdf

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Questões resolvidas de Concursos

01- Assinale a opção correta.

As despesas de fretes

a) e seguros pagas na aquisição de mercadorias para revenda devem ser classificadas como custo de aquisição de mercadorias.
b) e seguros pagas na aquisição de mercadorias para revenda devem ser classificadas como despesas comerciais.
c) não pagas, devem ser classificadas no ativo diferido.
d) pagas na entrega de mercadorias vendidas devem ser classificadas como custo de mercadorias vendidas.
e) pagas na venda de mercadorias não alteram o resultado operacional.


Resposta correta: (a)


02- Assinale a opção correta.

a) Os investimentos de terceiros na sociedade são fontes do Patrimônio Líquido.
b) Quando o valor do Passivo é inferior ao valor do Ativo, fica caracterizada uma Situação Líquida negativa.
c) A conta de Duplicatas Descontadas representa obrigação da empresa junto a bancos e é classificada como Passivo Circulante.
d) Para que seja melhor evidenciada a situação da empresa os bens do Ativo devem ser avaliados pelo critério de valor de mercado.
e) Em situações particulares o valor do Passivo pode ser superior ao valor do Ativo.


Resposta correta: (e)


03- Para reduzir custos de maneira geral, o Ministério da Saúde deve adotar como forma de organização a descentralização.

a) Certo

b) Errado


Resposta: (b)


04- Os valores monetários recebidos de operações de crédito com a finalidade de atender insuficiência de caixa durante o exercício financeiro, cuja liquidação deve ocorrer, com juros e outros encargos incidentes, até o dia dez de dezembro de cada ano, constitui uma:

a) receita extra-orçamentária

b) despesa extra-orçamentária

c) aumento de dívida ativa

d) receita orçamentária

e) redução de dívida fundada.


Resposta: (a)


05- O levantamento físico dos materiais e patrimônio existentes na organização para efeito de confrontação periódica com os dados indicados nos fichários ou banco de dados de estoque e controle patrimonial denomina-se:

a) ponto de pedido

b) follow-up físico

c) curva ABC

d) inventário físico

e) média móvel patrimonial.


Resposta: (d)


06- No processo de avaliação de estoque, quando a saída do estoque é feita pelo preço do último lote a entrar no almoxarifado o método de avaliação utilizado denomina-se:

a) custo ajustado

b) UEPS ou LIFO

c) PEPS ou FIFO

d) custo médio

e) custo de reposição


Resposta: (b)


Referências


http://www.pontodosconcursos.com.br/professor.asp?menu=professores&busca=&prof=5&art=717&idpag=8

http://www.questoesdeconcursos.com.br

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Vídeos sobre Custos

Custos, da criação à produção.

Contabilidade de Custos - Rateio dos Custos Indiretos e Alocação dos Custos Diretos

Custos de Contabilidade e Controle de Custos

Perguntas Frequentes

O que é PIS?
PIS é um Pograma de Integração Social (seu equivalente no setor público é o PASEP, no fundo a mesma coisa) PIS é uma contribuição Social. Pode ser cobrado sobre o Faturamento, receita de serviços ou sobre a folha de pagamento neste caso para instituições sem fins lucrativos que tenham empregados. A alíquota varia de 0,65% a 1,65% para empresas, dependendo do setor/tipo de classificação tributária. E 1% para a folha de pagamento das entidades sem fins de lucro. Serve para financiar a seguridade social, também abonos e seguro-desemprego.

O que é COFINS?
É Contribuição para o Financiamento da Seguridade social que incide sobre a receita bruta das empresas e também se destina a financiar a seguridade social como o PIS. Suas alíquotas são 7,6% (empresas tributas pelo Lucro Real) e 3% para as demais.

O que é CSLL?
É contribuição social sobre o lucro líquido. Como o nome diz incide sobre o Lucro líquido das empresas ANTES da provisão para Imposto de Renda. Também é destinado a financiar a Seguridade Social. Suas alíquota viaram de 9% a 12%.

O que é custo fixo?
São aqueles que não sofrem alteração de valor em caso de aumento ou diminuição da produção. Independem portanto, do nível de atividade, conhecidos também como custo de estrutura.

O que é custo variável?
É aquele custo que varia proporcionalmente de acordo com o nível de produção ou atividades. Seus valores dependem diretamente do volume produzido ou volume de vendas efetivado num determinado período.

O que é Investimento?
É a utilização de recursos financeiros na compra ou manutenção de máquinas, equipamentos, utensílios ou bens móveis e imóveis.

O que é IRPJ ?
Imposto de renda de pessoa Juridica.

O que é regime de caixa?
é o regime contábil que apropria as receitas e despesas no período de seu recebimento ou pagamento.

O que é margem de contribuição?
É quantia em dinheiro que sobra do preço de venda de um produto, serviço ou mercadoria após retirar o valor do custo variável unitário.

O que é lucro líquido?
É o valor que sobra das vendas menos todos os custos e despesas. O lucro líquido tem por objetivo remunerar o investimento feito na empresa. Se não for distribuído, o valor do patrimônio líquido é aumentado.

Como calcular o custo direto variável?
O custo direto variável representa os valores diretamente gastos na aquisição das mercadorias, ou na fabricação dos produtos, ou na realização dos serviços.

Nas atividades comerciais: é o custo de aquisição da mercadoria.

Nas atividades industriais: é o custo de aquisição das matérias-primas gastas na produção, mais o custo da mão-de-obra diretamente envolvida no processo de fabricação.

Nas atividades de serviços: é o custo da mão-de-obra diretamente envolvida na realização do serviço, mais o custo dos materiais utilizados no serviço realizado.

Como calcular o custo da mão-de-obra direta?

O custo-hora da mão-de-obra direta é calculado da seguinte forma: salário nominal + encargos sociais, dividido pelo número de horas trabalhadas.
Exemplo:
- Salário mensal nominal: R$ 1.000,00; - Encargos Sociais: R$ 400,00; - Salário mensal Total: R$ 1.400,00; - Número de horas trabalhadas no mês: 140 horas; - Custo-hora: R$ 1.400,00, dividido por 140h = R$ 10,00 por hora.

O que é Fluxo de caixa?
É um instrumento gerencial que controla e informa todas as movimentações financeiras (entradas e saídas de valores monetários) de um dado período – pode ser diário, semanal, mensal, etc. O fluxo de caixa é composto dos dados obtidos dos controles de contas a pagar, contas a receber, de vendas, de despesas, de saldos de aplicações, e todos os demais que representem as movimentações de recursos financeiros disponíveis da organização.

Para que serve o Fluxo de Caixa?
O Fluxo de Caixa é um instrumento de controle que auxilia na previsão, visualização e controle das movimentações financeiras de cada período. A sua grande utilidade, no contexto que estamos apresentando hoje, é permitir a identificação (especialmente prévia, mas também posterior) das sobras e faltas no caixa, possibilitando ao profissional planejar melhor suas ações futuras ou acompanhar o seu desempenho.

Qual a finalidade do Regime de Competência?
Tem a finalidade reconhecer na contabilidade das entidades jurídicas as receitas, os custos e as despesas no período a que competem, independente do seu recebimento (receitas) ou
pagamento (custos e despesas) em moeda corrente.

O que é passivo?
Passivo são as dívidas que a empresa tem num determinado momento, tais como:
Empréstimos, duplicatas a Pagar e contas a Pagar.

O que é preço de venda?
O preço de venda é o valor que deverá cobrir o custo direto da mercadoria/produto/serviço, as despesas variáveis, como impostos, comissões, etc., as despesas fixas proporcionais, ou seja, aluguel, água, luz, telefone, salários, pró-labore, etc., e ainda, sobrar um lucro líquido adequado.

Qual a diferença entre despesa, investimento e custo?
Investimento representa os valores gastos com a aquisição de bens como máquinas, equipamentos, veículos, móveis, ferramentas, informática, etc. pagos de uma única vez, ou em parcelas. O pagamento de empréstimo obtido para capital de giro pode também ser entendido como investimento. Uma empresa em situação normal utiliza o lucro gerado para a realização de investimentos.

As despesas estão relacionadas aos valores gastos com a estrutura administrativa e comercial da empresa em aluguel, salários e encargos, pró-labore, telefone, propaganda, impostos, comissões de vendedores, etc. Elas ainda são classificadas em fixas e variáveis, sendo as fixas aquelas cujo valor a ser pago não depende do volume, ou do valor das vendas, enquanto que as variáveis são aquelas cujo valor a ser pago está diretamente relacionado ao valor vendido.

Os custos, especificamente em cada segmento, podem ser assim entendidos: - Comércio: valor gasto na aquisição das mercadorias; - Indústria: valor gasto na fabricação, compreendendo matérias-primas, insumos, mão-de-obra interna e/ou externa, etc.; - serviços: o valor gasto relativo à execução do serviço, compreendendo os materiais, componentes, peças, bem como a mão-de-obra interna e/ou externa.

A tributação é a mesma para quem exporta?
A fim de incentivar a exportação de produtos e serviços nacionais para o exterior, com o intuito de torná-los mais competitivos no mercado internacional, com conseqüente aumento de divisas, a nossa Constituição Federal estabelece imunidade a uma série de tributos. Desta forma, a exportação não paga os seguintes impostos e contribuições:
- ICMS: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços;
- IPI: Imposto sobre Produtos Industrializados;
- PIS/Pasep: Programa de Integração Social;
- COFINS: Contribuição para Financiamento da Seguridade Social.

Referências

http://www.portaldecontabilidade.com.br

http://www.sebraesp.com.br


http://www.cosif.com.br

Glossário

Amortização
Processo de pagamento de empréstimo por meio de reduções programadas do montante inicialmente emprestado.

Ativos
Tudo o que acrescenta valor à empresa: dinheiro no banco, contas a receber, propriedades, equipamentos, ações, títulos, etc.

Ativo circulante
São os ativos com maior grau de liquidez na composição do balanço patrimonial de uma empresa. São os bens mais fáceis de serem convertidos em dinheiro, segundo vocabulário usado na contabilidade.

Balanço patrimonial
É o que evidencia a situação patrimonial da empresa em determinada data. O balanço lista ativos, passivos e produz o seu patrimônio: o valor líquido da sua empresa.

Capital
Fundo de longo prazo com o qual a empresa é financiada. É a soma de todos os recursos, bens e valores, mobilizados para a construção de uma empresa.

Capital não integralizado
Aquele que ainda não foi pago.

Contabilidade
Sistema que controla as transações que geram receita e despesa para o negócio. Ele utiliza os dados para criar relatórios que demonstram o status financeiro e o status de tarefas do negócio.

Contabilidade de exercício
Sistema contábil nos quais os relatórios são extraídos de contas a pagar, contas a receber, venda e pagamentos à vista. A maioria dos contadores recomenda a contabilidade de exercício se você fatura os seus clientes ou incorre em débito.

Contabilidade de caixa
Sistema contábil no qual as transações à vista são registradas e os relatórios são montados a partir de pagamentos reais realizados dentro e fora da empresa.

Contabilista
Pessoa que presta serviços de contabilidade.

Contas a pagar
Dinheiro que a empresa deve a seus fornecedores.

Contas a receber
Dinheiro que os clientes devem à empresa.

Custeio
Método de contabilidade de custos projetado para identificar fluxos de atividade e depois alocar custos a processos de negócio específicos, de acordo com a quantidade de tempo que os empregados dedicam a determinadas atividades.

Custo x Despesa
Tem muita gente que acha que custo e despesa é a mais coisa. Em finanças, não é. Todo o gasto relacionado ao processo produtivo do seu negócio é custo (por exemplo, gastos com farinha e fermento para produzir pães, em uma padaria), todos os outros gastos (por exemplo, o salário do caixa) são despesas.

Custo fixo x Custo variável
O custo fixo é a parcela do custo que não varia em face da produção (por exemplo, o pagamento do aluguel aonde estão as máquinas de uma fábrica), enquanto custo variável é aquele que varia de acordo com a produção (por exemplo, o papel utilizado na produção de revistas).

Declaração de lucros e perdas
Um dos relatórios que o sistema contábil gera para dar uma visão de como a empresa está se saindo. Uma declaração procurará por um período de tempo como um mês, um trimestre ou um ano. Pode-se comparar com outros períodos de tempo para tomar decisões.

Duplicata
Título de crédito representativo de uma operação comercial emitido pelo comerciante.

Escrituração contábil
Processo de inserção de dados dentro do sistema contábil, incluindo valores, data e origem de cada receita ou despesa. Nenhum sistema contábil funciona sem uma escrituração contábil confiável.

Faturamento x Lucro
Faturamento é a receita total de sua empresa, tudo o que ela consegue gerar de dinheiro. Enquanto lucro é a o faturamento deduzido de todos os gastos (incluindo custos fixos e variáveis e despesas) da empresa.

Fluxo de caixa
Resumo da origem e uso de dinheiro da empresa. Um relatório de fluxo de caixa mostrará as mudanças na sua posição de caixa durante um período de tempo.

Inflação de custos
Também conhecida como inflação de oferta, é aquela decorrente da alta dos custos na economia, como por exemplo, elevação das tarifas públicas, das taxas de juro, dos combustíveis e dos salários.

Investimento
São os gastos necessários para iniciar as operações do seu negócio. Por exemplo, para montar uma lan-house você precisa comprar computadores, impressoras, fazer uma reforma no local, etc... ou seja, todo o gasto efetuado antes da abertura do seu negócio é chamado de investimento.

Mercado Cambial
Mercado que envolve a negociação de moedas estrangeiras (venda, compra e troca) ou papéis que representem moedas estrangeiras. Para essas operações são utilizados cheques, moedas, notas bancárias, letras de câmbio e ordens de pagamento.

Método ABC
Aplicação do princípio de administração por exceção (manegement by exception), segundo o qual o estoque é analisado em categorias, de acordo com o valor de seu uso total por ano. A finalidade é enfocar a atenção nos grupos de itens que justifiquem controle de estoque mais rigoroso. Geralmente há três tipos de classificação: A, B e C, por sua ordem de importância. O método tem diversos outros nomes, dentre os quais (usage-value classification), que eqüivale a classificação por valor de uso, e (split inventory), ou seja, estoque dividido.

Nota fiscal
Registro por escrito de uma transação, geralmente dado a um cliente quando um serviço ou produto é fornecido e prevê o dia do pagamento.

Orçamento
Processo de administração do fluxo de caixa na empresa.

Passivos
Tudo o que a empresa deve a outras: contas a pagar, débito de cartão de crédito, hipotecas, etc.
PatrimônioValor líquido da empresa quando todos os ativos e passivos são contabilizados.

Patrimônio
É o conjunto dos bens de uma pessoa ou empresa.

Ponto de equilíbrio
Ponto de equilíbrio entre receita e despesa. A partir do break even point as receitas da empresa geram, proporcionalmente, um lucro maior.

Taxa
Encargo, ônus, preço.

Taxação
Fixação do valor do tributo a incidir sobre um bem ou pessoa.

Venda à vista (recebimento)
Esta é a venda de um produto ou serviço que é pago mediante entrega. A documentação que acompanha a venda é a nota fiscal.

Verba
Quantia em dinheiro reservada a um fim especial.

Referências

http://empresasefinancas.hsw.uol.com.br/contabilidade-eua7.htm

http://www.unibero.edu.br/glossarios_abc.asp

http://www.glossarioonline.com.br/modules/wordbook/category.php?categoryID=5